NA SALA NEGRA
MAL
PASSADO Diane
Sbardelotto
ABERTURA 16/05/2018, às 19:00 VISITAÇÃO ATÉ 15/06/2018
Mal
passado busca produzir uma sutura visual e conceitual
de pano-palavra-carne por máquinas com participação de mão humana: de costurar,
de escrever, de moer. Panos que já não servem para moldes de roupas, roupas
moldadas-cedidas aos corpos, corpos que não cabem em nomes, formam uma trama
têxtil, textual, carnal, em uma exposição. O tecido é matéria dobrável não
inspecionada, trabalhada nas agulhas, nas teclas, nas lâminas, dias a fio,
entre fios, a perder o fio, na infinidade de cortes. Etimologicamente, texto
quer dizer tecido. Uma palavra pode dizer carne. Mas o que pode o verbo
encarnado? O texto incorporado? Antes que a fala seja carneada o sugo da língua
mancha a roupa. Em pouco tempo, o mal passado quase queima. O não passado
desengoma, franze a testa. O futuro ficou tão velho, que voltou, vincado,
remoído. O tempo é verbal, mas nem sempre indica ação. A palavra tira sangue. A
gente não tira mais a roupa. Alguma coisa mal passou e já continua: quase viva,
quase morta, quase crua.
NA SALA ANEXA
PEQUENO BRONZE DA AEERGS
Vasco Prado, Xico Stockinger, Guma, André Azambuja, André Venzon, Ana Homrich, Arminda Lopes, Bruno Segalla Filho, Caé Braga, Che Kalika, Cláudia Piccinini, Débora Irion, George Pinto, Helio Fróes, Henrique Radomsky, Jamil Fraga, Lucas Strey, Marcos Strey, Mario Cladera, Mariza Fischer, Márcia Bianchini, Neca Lahm, Paulo Amaral, Paulo Corrêa, Sobral, Sônia Seibel, Soraya Girotto e Ubiratan Fernandes.
ABERTURA 16/05/2018, às 19:00 VISITAÇÃO ATÉ 15/06/2018
A
palavra bronze vem do persa biring (cobre),
com origem que se refere às ligas de cobre e estanho. Em bronze foram feitas as primeiras ferramentas
metálicas inventadas pela humanidade, sendo depois também usado na produção de
objetos utilitários e obras de arte. Trata-se de material que, quando polido,
chega a uma tonalidade amarelo-ouro, e ao envelhecer se transforma em um verde
escuro característico. Sua popularidade nas artes visuais atravessa gerações em
função de ser bastante durável, e essa permanência se deve à grande resistência
mecânica e à baixa corrosão atmosférica da liga. O encanto dos escultores com o
bronze é muito antigo, com motivação provavelmente oriunda da celeridade da fundição
e o consequente retorno visual imediato ao se ter a obra pronta logo que
resfriada. Também vale destacar as variadas possibilidades de acabamento que o material
permite, mediante desbaste, polimento e aplicação de pátinas que propiciam
diversas aparências ao objeto final. A exposição PEQUENO BRONZE é realizada
anualmente nesse contexto, e tem por objetivo visibilizar a produção
contemporânea de artistas que desenvolvem obras fundidas em bronze no Rio
Grande do Sul. Para essa edição na Galeria Espaço IAB, a AEERGS reuniu 28 obras
de escultores com atuação no cenário gaúcho que realizaram trabalhos em bronze, buscando assim
demonstrar a diversidade dessa produção, bem como estimular as novas gerações
a desenvolverem distintos olhares sobre a fundição e suas possibilidades.
NA SALA DO ARCO
COTIDIANO REVISITADO Letícia Durlo e Carolina Arreguy
ABERTURA 16/05/2018, às 19:00 VISITAÇÃO ATÉ 15/06/2018
Imaginar a cidade requer, em primeira
instância, percebê-la tal qual se apresenta, para, num segundo momento
recriá-la conforme a imaginação que cada um permitir. Assim, o imaginário
urbano trata-se de registros
vividos, experiências urbanas, de vivências distintas sobre um mesmo
espaço. Quantas vezes percorremos um caminho sem percebê-lo de fato? Quantas vezes o
cotidiano é automatizado e, por isso, banalizado? É possível revisitar um
espaço como se fosse a primeira vez? Com o objetivo de evidenciar que o
processo de perceber vai além de olhar e/ou ver, mas sim - de maneira lenta -
assimilar e conscientizar-se do espaço como extensão de si, a exposição busca
instigar e aguçar - através da
fotografia e colagem - o olhar do observador para o espaço citadino,
revelando algumas sutilezas que, sob diferentes perspectivas, mostram-se como
num jogo dos sete erros urbano.
NA ÁREA EXTERNA
TORSO DE JOVEM Jamil Fraga
ABERTURA 16/05/2018, às 19:00 VISITAÇÃO ATÉ 15/06/2018
Jamil Fraga é escultor e fundidor.
Trabalhou e estudou com Vasco Prado e Zoravia Bettiol. Seu trabalho ganhou
destaque ainda na década de 1980, realizando exposições individuais e
participando de mostras coletivas em outros estados e no exterior. Ao longo da
trajetória, participou e venceu diversos concursos de artes visuais.
Atualmente tem como foco de atuação a produção de obras de arte de grande porte
para espaços públicos, mantendo atelier na zona sul de Porto Alegre. Na Galeria
Espaço IAB, Jamil apresenta obra que dialoga com o antigo Solar do Conde de
Porto Alegre, em sintonia com o ambiente construído e fazendo referência à Lei
das Obras de Arte em Edificios - Lei 10036/06.