NA SALA NEGRA:
ALDEIA DOS ANJOS XADALU
Através de um resgate cultural em
que o passado se funde com o presente, Xadalu traz para o debate um tema de
grande relevância para a sociedade: a demarcação de terras indígenas. A exposição
conta com 13 obras concebidas em diversas técnicas, que trazem pequenos
fragmentos de acontecimentos da história, de outros tempos até o momento atual
que vivem as comunidades indígenas do Brasil contemporâneo.
NA SALA ANEXA:
ANOMALIA ALEX PERNAU
A partir da desconstrução e
reconstrução do corpo, Anomalia é um projeto que explora - e borra - os limites
da taxonomia em busca de um hibridismo lúdico e impossível. Tendo como ponto de
partida a destruição e reconstrução da figura humana, o projeto busca
reconfigurar formas orgânicas, criando assim uma expressão plástica de novos
seres que, embora estranhos, fantásticos e grostescos, ainda remetam à
realidade. As imagens produzidas tangenciam conceitos já recorrentes na
história da Arte, tais como o monstro (ou híbrido) e a metamorfose. As formas
anômalas exibidas nas obras são resultados das possibilidades criativas do
corpo, projetadas e modeladas digitalmente com o intuito de integrar tecidos
biológicos que, de outra forma, seriam incompatíveis. Sob o ponto de vista
técnico, Anomalia é um projeto diretamente ligado à tecnologia. As obras
exibidas na exposição foram criadas através da computação gráfica, utilizando
os mesmos softwares e processos que são utilizados na indústria criativa, porém
guiados, além da subjetividade da artista, por uma pesquisa teórica bastante
abrangente, tanto na área da história da arte quanto na de anatomia.
NA SALA DO ARCO:
ASSOMBRAS FRAGA
ABERTURA 16/09/2015, às 19:30 VISITAÇÃO 17/09 a 17/10/2015, das14 às 20h.
No
limite entre a vigília e o sensorial, no átimo de tempo em que os sentidos
ainda resistem ao tacão da consciência, avisto figuras. Não as identifico, mas
me são familiares: vejo espectros ciosos de suas histórias, percebo sementes
que germinam o medo e o estranhamento, admiro protagonistas de um teatro de
claro e escuro. Essa exposição os retrata. A mim coube o papel de
graficamente registrar os habitantes dessa fronteira. Solidário a eles, me
aventuro por uma trilha também incerta, onde o digital emula o orgânico,
gerando traços e espaços totalmente "desenhados" dentro da máquina.
Entre as referências que balizam a jornada reconheço recortes do cinema
fantástico ("O Sétimo Selo", de Ingmar Bergman, à frente), tramas das
gravuras de Rembrandt, o imaginário mítico de Marcelo Grassmann e os contrastes
branco/preto de Goeldi. Percebo referências mitológicas, ecos de HQs
contemporâneas, evocações de fotografias antigas. Nessa fronteira, há sombras.
Mas não me assombram. Elas me acompanham numa viagem que, ao final, vai dar em
mim. (Texto de Fraga).
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NA CIRCULAÇÃO:
FOTOGRAFISMO AMANDITA MEDEIROS
ABERTURA 16/09/2015, às 19:30 VISITAÇÃO 17/09 a 17/10/2015, das14 às 20h.
A exposição individual da artista
visual Amandita Medeiros na galeria Espaço IAB consiste na apresentação de
diversas imagens manipuladas de galhos secos de árvores, obtidas contra a luz,
detalhando apenas a silhueta, a sombra, tornando-se desenhos com linhas
gráficas. Fotografismo faz parte de uma série de trabalhos que a artista vem
desenvolvendo continuamente desde o período que cursou Bacharelado em Artes
Visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFGRS.
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DESCARTADOS FÁBIO RIBAS
Figuras fora do tempo e livres,
que buscam ser esculturas criadas a partir do imaginário atual do artista,
desenvolvidas mediante somatórios não lineares desconstruídos e reconstruídos
com materiais descartados pela sociedade contemporânea, que revivem ao serem
recolhidos das ruas. Chaleiras, porongos, liquidificadores, taquaras, caixas e
luminárias ganham vida pela forma. Mais do que o objeto por si só, ampliam sua
força e expressividade ao se unirem em um conjunto visual complexo, como que se
harmonizando no encontro da diversidade.