NA SALA NEGRA:
O grupo 2 St. Arte Urbana, formado pelos
artistas plásticos porto-alegrenses Paulo Funari e Léo(nardo) Pereira, com o
objetivo de criar e executar obras de arte voltadas para o ambiente urbano e
sua relação com as pessoas. Utiliza diversas linguagens das artes visuais,
desde pintura até a instalação, usando as intervenções e as cores para provocar
no público questionamentos contemporâneos. Na exposição intitulada Indoor, os artistas apresentam obras das
suas produções individuais mais recentes. O local a ser explorado dessa vez é a
Sala Negra da galeria Espaço IAB, em Porto Alegre/RS, onde a dupla busca
dialogar entre si e o espaço com a mesma veemência dos trabalhos produzidos em
conjunto até agora ao ar livre. Os trabalhos dos dois artistas são
complementares. Paulo Funari retrata o comportamento das pessoas frente ao
excesso de consumo de bens, em sua maioria supérflua, o assim chamado
"consumismo”. Não se tratando das raízes do comportamento de consumo
propriamente dito, e sim da sua exacerbação, bem como das mudanças no
comportamento individual, os adoecimentos e sintomas observáveis, as
consequências de todo um processo de negligência de Instituições e da sociedade
como um todo. Léo(nardo) Pereira expressa em seus trabalhos temas voltados para
a valorização do indivíduo e sua relação com o coletivo, o poder da mídia,
consumismo e espiritualidade. Reafirmando a postura de reutilizar materiais e
suportes alternativos, características marcantes da sua trajetória.
NA SALA ANEXA:
CORPOS, LETRAS E CIRCUITOS ADRESON VITA DE SÁ
ABERTURA 18/06/2014, às 19:30 VISITAÇÃO 19/06 a 19/07/2014, 14 às 20h.
As imagens aqui não se propõem a criar novos enredos ou perspectivas,
mas trazer a lembrança de que, "é preciso reinventar os modos de habitar o
mundo" e que estas reflexões (sobre o mundo e como nos relacionamos com
ele) são sempre necessárias. Propõem que devemos usar o mundo para criar novas
narrativas, não resignar-se apenas a uma contemplação passiva. São como elementos
sintáticos de uma linguagem em formação, buscando ser autônoma apesar de ser
constituída de inúmeras "citações" ou apropriações de elementos
visuais pré-existentes em sua totalidade. Quase todas as imagens foram obtidas
em processo químico semelhante ao cliché-verré, resultado da experimentação da
prática simples que é o fotograma. Cada imagem produzida até aqui tem seu
aspecto único, a composição se altera a cada fotograma revelado, e mantém um
mesmo repertório, um conjunto de imagens elementares que se repetem e interagem
entre si em novas combinações, aparentemente aleatórias. Temos aqui o esfacelamento
das noções de originalidade e mesmo de criação. Há uma miríade de elementos nos
fotogramas aqui apresentados: tipografia, circuitos eletrônicos, jogos,
esqueletos, corpos, absurdo, non-sense, fragmentos de outras fotografias,
mapas, etc. Já as características formais das composições são parte do objetivo
de elaborar imagens diversas, únicas entre si, mesmo contendo o mesmo conjunto
de elementos pictóricos. Os trabalhos constituem-se de objetos culturais
selecionados sem critérios aparentes e re-inseridos em contextos completamente
distintos. A imagem que se vê é determinada pela distância do observador em
relação à obra. Nuances e detalhes vão se revelando à medida que o olhar
percorre e explora os fotogramas.
NA SALA DO ARCO:
GRAVURAS LEANDRO MICHELS
ABERTURA 18/06/2014, às 19:30 VISITAÇÃO 19/06 a 19/07/2014, 14 às 20h.
ABERTURA 18/06/2014, às 19:30 VISITAÇÃO 19/06 a 19/07/2014, 14 às 20h.
O artista visual porto-alegrense Leandro
Michels apresenta nesta exposição individual diversos trabalhos produzidos nos
últimos cinco anos de contínua atividade. A série é composta de gravuras em
metal, xilogravuras e litografias que o artista produziu em seu ateliê, no
Museu do Trabalho e no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul - UFRGS, onde atualmente cursa Artes Visuais. As obras foram concebidas
a partir do olhar do artista sobre diferentes cenas, inspiradas na boemia e no
ambiente urbano da cidade de em que nasceu.
HUMANOS DE FATO LUCAS STREY
Humanos de fato é uma exposição que utiliza o conceito de
instalação aplicado a dois espaços específicos e intervenções urbanas criadas
no caminho entre os dois locais. A exposição funcionará de forma dinâmica, com
abertura na galeria Espaço IAB, onde serão apresentadas quatro obras que
deverão ser instaladas nas áreas externas e espaços de circulação. O outro
local de exposição será a Usina do Gasômetro, onde haverá uma obra compondo
parte de uma exposição coletiva. Após a abertura no IAB, serão produzidas mais
quatro obras, e instaladas semanalmente pelo Centro Histórico de Porto Alegre
no trajeto entre o IAB e a Usina do Gasômetro. As obras configuram pequenas
narrativas envolvendo a presença da figura humana com um tratamento de
superfície feito com retalhos de páginas de jornal. As ações de cada obra são cuidadosamente
criadas para cada espaço específico onde serão apresentadas, bem como as
intervenções urbanas que marcam e interferem no entorno dos locais que são
instaladas. O tratamento de superfície com os retalhos de jornal recebe o mesmo
cuidado para que as partes que compõem a obra fortaleçam seu sentido e força de
comunicação.